Carne Bovina

Carne bovina. A pecuária brasileira continua crescendo, contribuindo significativamente para a economia nacional. Em 2019, a pecuária representou 8,5% do PIB brasileiro. A maioria (76 por cento) da carne bovina produzida no Brasil ainda é consumida no mercado interno, mas as exportações têm aumentado constantemente, com destinos importantes como China, Hong Kong, Egito, Chile, Estados Unidos e UE.

A China continua a ser o principal mercado para o Brasil. No acumulado do ano até agosto, 530.000 toneladas de carne bovina foram embarcadas para a China, um aumento surpreendente de 145% em relação a 2019, respondendo por 48% de todas as exportações brasileiras de carne bovina. Um fator contribuinte para esse crescimento está atribuído à forte demanda na China devido ao déficit de proteínas causado pela Febre Suína Africana (ASF) e ao crescente poder de compra da classe média chinesa. No entanto, outros grandes mercados de exportação também aumentaram suas importações de carne bovina brasileira, incluindo Arábia Saudita, Filipinas e Cingapura.

Para o Brasil, 2020 foi caracterizado por uma oferta mais restrita de gado e volumes recordes de exportação de carne bovina. O abate de gado (apenas plantas inspecionadas pelo governo federal) para o ano até agosto caiu 10% em relação aos níveis de 2019, enquanto as exportações de carne bovina ultrapassaram 1,1 milhão de toneladas de peso embarcado (SWT) no mesmo período, alta de 16% em relação ao ano anterior.

As projeções do USDA indicam que as exportações brasileiras de carne bovina em 2020 poderão ultrapassar 2,5 milhões de toneladas equivalente ao peso carcaça (cwe), o que representaria cerca de 24% das exportações mundiais de carne bovina. Olhando para 2021, as exportações brasileiras de carne bovina devem aumentar 8%, para chegar a 2,7 milhões de toneladas.

Parte importante da evolução da pecuária brasileira ocorreu dentro das propriedades pecuárias brasileiras, com forte participação de diversos segmentos da sociedade. Engajados na busca por produtividade, qualidade e sustentabilidade, instituições de ciência e tecnologia, ensino, indústria, associações de produtores, organizações não governamentais, entre outros atores, compõem um grupo extremamente atuante e muitas vezes coordenado, com iniciativas que muito contribuem com incrementos na qualidade dentro e fora da porteira. A busca pela melhoria da qualidade da carne é cada vez mais estimulada, seja pela indústria frigorífica, seja pela iniciativa governamental, para a se atentar às exigências do mercado consumidor.

Cada país tem seu modo de produção, o qual é guiado pela exigência do mercado consumidor e características específicas de cada sistema produtivo, por exemplo, os cortes de carnes do Brasil são diferentes dos seus principais concorrentes exportadores, EUA e Austrália. Uma das razões desta diferença é o alto custo da mão de obra, nesses dois últimos países o que leva em uma maior utilização de maquinas e consequentemente cortes menos específicos. Frigoríficos brasileiros utilizam mais cortes manuais do que os americanos, processando menos carcaças por dia.

A lista abaixo faz referência aos principais cortes brasileiros da carne bovina.